
Há de sermos leais com aquilo que sentimos, antes de qualquer razão ou contexto entalado na garganta. Há de contarmos verdades nas lagrimas que escorrem ao chão, nos gritos que se silenciam no isolamento, no próprio maldito silêncio, que ensurdece a multidão.
Entenda pois, a tua inconstância, aceite as tuas bipolaridades, traga a tona as tuas inseguranças, ponha nua as tuas verdades. O que tens a perder? Se podes perder, será que é mesmo teu?
Entregue-se a tua essência. Pois, se tu não te importas com ela, quem no mundo se importa?
Os dias sempre findam. Tal como, os dias novos que sempre tornam a ser. Tudo que fica, em ti, é você. Tudo que tens em si, é o que importa. O resto. Oras, o resto é resto mesmo. Redundante. Chato para um caralho. Entendes?
A vida sobre tudo, não diz muito sobre os dias, as circunstâncias, os poréns e os quem. A vida é sobre tudo o que você faz com essas coisas que fazem de você, quem você é. Essa quantidade absurda de arranhões, feridas, cicatrizes profundas, sangue coagulado… é sobre tudo o que você é capaz de fazer para dá-las um (re) significado, que à ti, faça algum bem. Foda-se, o que vai ficar interpretado na história. O que importa, é como você (re) escreve e vive depois com tudo isso.
Por: Francielle Santos
(Foto: Reprodução / Andy Bate)