
Eu sempre soube que a minha verdade arrancaria me de ti. Que não haveria palavras suficientes para justificar e fazer-te compreender o meu lado. Afinal, fosse grave ou não, você não me perdoaria.
Contudo, isso não fala só do teu perdão, da tua indiferença da tua incompreensão… o que conta mais, é o preço da verdade. A escolha de contar-te tudo, mesmo que uma parte desse tudo, seja feia, amarga e desleal.
Quantos enganos cometi com você. Quantas vezes pensei ter te compreendido. Quantos momentos pensei serem mais do que um “acordo de cavalheiros” e em quantos outros cenários entreguei o meu eu todo em tuas mãos.
Nada justifica a minha falta. Nada justifica os meus devaneios. Eu perdi você hoje, porquê pensei que não tinha você naquele exato momento que tentei seguir em frente sem você.
O teu “amor” por vezes me confundiu. O teu jeito por vezes me afastou. Nada que eu fale agora, mudará às vezes que me entreguei demais à você (ainda que pudesse, eu não o faria), nem mesmo às vezes, que ignorei completamente a tua existência. Foi um grande erro imaginar mais manhãs com o teu café forte, os teus olhos de girassol e o clarear do dia pela janela ao teu lado. Foi um erro maior ainda, não ter partilhado essas ideias com você, por medo da tua rejeição.
Sim, eu cometi muitos erros, mas de todos eles, o maior foi não ter aberto o meu coração a tempo… a tempo para te perder de verdade de uma vez ou ganhar te por mais alguns verões.
Por: Francielle Santos
(Foto: Reprodução / Sweet Angel)