
Lembra, da gente no começo? Éramos tão simples, tão naturais, tão sem frescuras. Nada perfeitos, nada politicamente corretos. Só éramos. Só queríamos fazer da certo. Só precisávamos estar juntos e que o resto, era resto.
Tínhamos todas as perguntas do mundo e paciência e coragem para respondê-las no tempo que desse, do jeito que desse. Contávamos as horas para nos ver no meio da agenda lotada, da semana complexa e sempre tínhamos um jeito pra da, um jeito novo de se encaixar, de se entregar, de se conhecer, de se amar. Porra, se aquilo não era amor, o que era?
No meio da sala, na varanda, no café, entre os amigos, na praia, no quarto, a gente só estava disposto a descobrir o que quer que tivéssemos à frente.
Não sei dizer quando foi que nos perdemos. Não sei dizer quando deixamos de ser leves. Só lembro da ausência e isso que foi foda! Não tem amor que suporte tanta ausência assim. E mesmo aqui, longe demais, eu só queria que voltasse a ser como éramos antes. Poderia negar, mas se nego, ainda sei que tudo o que eu queria agora, é a tua presença, insuportavelmente, amável e rústica de novo.
Por: Francielle Santos
(Foto: Reprodução / Pinterest)