atravessando o meu destino

Se tudo fosse como imaginei que tinha que ser, quem eu seria agora ?

Está é uma das tantas perguntas que assolam o meu coração, mas no fundo sempre convenço-me que tudo foi como tinha que ser, por um propósito maior.

Hoje sinto-me leve, um alívio que há muito tempo não sentia, sinto minhas asas se preparando para mais um voo tão incerto como todos os outros, mas certa de que voar é o único jeito de sentir-me viva outra vez.

Não nego temer ainda a reação daqueles que amo e que me amam, embora já sabendo como será. Sei que decepciona-los é completamente inevitável, porém sei também que se não for assim, a minha própria vida deixa de existir e eu estaria decepcionando-me e os decepcionando também.

Por vezes, penso se darei conta ou fracassarei mais uma vez, mas o que é fracassar: continuar tentando ou desistir?

Por não saber, eu tento outra vez. Apesar das experiências já vividas, sinto que estou ainda mais vulnerável que na primeira, o que também é irônico por também me sentir ainda mais forte. Vulnerabilidade, a arte de ser forte na fraqueza.

Confesso que ainda me assusto com o resultado atual da minha vida, entretanto, mesmo com o medo corrompendo cada gota do meu sangue, sei que partir, ainda que um monte de coisas, é o meu único antídoto.

Não sei outra vez o que será. Nunca temos como saber e eu não sei se é exatamente isso que inspira a correr os riscos de lutar por um amanhã diferente do hoje.

Todavia, sigo sempre em frente, voando, correndo, andando, atravessando o meu destino.

Por: Francielle Santos

(Foto: Reprodução / U launcher)

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