uma ou duas estações a mais

Ainda que eu quisesse e você me pedisse eu não teria como ser indiferente as coisas que você causou em mim.

Ainda que eu pudesse evitá-las, eu não as evitaria porque eu as queria também. Por isso me responsabilizo pelas consequências dessa entrega.

Assumo toda e qualquer responsabilidade por cada sentido e conotação que isso tenha criado, mas não me peças para esquecer e fingir que não foi nada.

Ainda bem que tudo é relativo e se tudo é relativo, no meu ponto de vista, a gente até combina mais do que o esperado (e se me permiti dizer, eu sei (sinto) que a gente se encaixa de todas as formas).

Não quero te deixar pra lá, como se você fosse alguém que flertou comigo no metrô, mas teve que descer em uma estação anterior a minha e eu tive que ver você ficar na estação enquanto eu seguia o meu caminho.

Não dá! Mas se tiver que dá, dou o meu jeito, mas antes me deixa te viver um pouco mais, uma ou duas estações a mais.

A vida é tão breve para postergar qualquer tipo de sentimento que faz as pernas tremerem, o frio na espinha ser desconcertante. Te quero agora. Te sinto agora. Não posso evitar, o que você já provocou (bastou um estar mais perto, para eu ter tantas certezas sobre a vida).

Tem gente que traduz os nossos agudos instintos, provoca os nossos mais extravagantes absurdos. Deve ser coisa de pele, de cheiro, de calor. De duas almas que se reconhecem no olhar, que conversam através da troca dos sorrisos.

Não sei você, mas eu te reconheci inteira, te amei inteira instintivamente, o meu corpo te desejou toda. Te provoco inteira para ser minha. Confesso-me inteiro para ser teu.

Uma ou duas estações a mais…

Por: Francielle Santos

(Foto: Reprodução / Pinterest)

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