
Com o tempo eu aprendi a ser mais leve, mesmo sentindo tudo tão intensamente. Aprendi que não valia o esforço negar as minhas verdades, nem as minhas loucuras, nem as minhas emoções, porque eram exatamente elas que faziam de mim, quem eu sou de fato.
Às vezes, brava demais, outras meiga demais. Algumas vezes indiferente, outras tantas, completamente entregue ao momento e eu acredito que é disso que se trata viver a vida, com todos os seus perfumes e contornos e não obstante de todos os seus embaraços.
A gente precisa ser de verdade para viver de verdade! A gente precisa se entregar, se retirar, se proteger, se apaixonar, sentir. Sentir tudo e quando sentir não for a melhor opção, não sentir nada. Precisamos viver de fato o “não sou obrigada a nada” com a mesma verdade de quando apoiamos o movimento e nos sentimos encorajadas por ele.
Descobri no meio das emoções confusas, as minhas verdades inatas. Encontrei no meio das minhas lágrimas, os meus risos mais sinceros. Em meio a tanta loucura ao redor, encontrei a sanidade de saber o que me cabia.
Levou um tempo para encarar os resultados dolorosas, depois de tantas decisões não tão acertadas assim, porém nessa altura do campeonato, quem poderia dizer o que era certo ou não?
É só quando aceitamos as consequências de nossas escolhas, dores e alegrias é que entendemos que estamos aonde estamos, do jeito que estamos, porque é exatamente assim que deveríamos estar. Um querido terapeuta e amigo sempre me diz: “Fran, Deus não erra” e claro, que ele tem completa razão.
Sempre haverá partidas, perdas, dor, assim como chegadas, encontros e alegrias e a nós, cabe apenas a entrega total no tempo presente, tentando a cada dia ser melhor. Florir com mais cor, com mais perfume e leveza.
Com o tempo o processo acontece.
Por: Francielle Santos
(Foto: Reprodução / Perfume Direct)