
Nem todos os dias são bons. Nem todos os dias há motivos para sorrir. Nem todos os dias a gente dá conta de tudo que tem que dá. Então, chega dessa patifaria de auto positivismo constante, porque isso não é real.
A vida real mesmo é “jogo bruto”, preto no branco, é homens e mulheres machados de suor e sangue na arena, como relatou Theodore Roosevelt. Doe. Muitas vezes sangramos. Muitas vezes o rosto vai ao chão. Contudo, precisamos ter consciência da existência desses dias. São nestes dias, que prova-se a nossa capacidade de realismo e não fantasia.
Amar, abraçar, sorrir, cantar, jogar conversa fora na mesa de um bar, tudo isso é fácil em dias de Sol. Foda mesmo, é quando as nuvens escuras escondem esse Sol. Quando as tempestades chegam. O deserto e a solidão se torna o presente. É aí, nestes momentos mais obscuros da nossa vida, que somos provados como ouro no fogo; somos moldados como o barro, na mão do oleiro.
O processo é árduo, doloroso, solitário e em muitas vezes, tudo o que pensamos e desejamos é escapar do que parece ser uma tortura, um massacre, mas é a vida. A vida tão doce e tão amarga. Tão cheia de encantos e desprazeres. Tão leve e tão dura. Tão simples e tão complexa. Percebe a dualidade? Pois então, aceite-as também.
Por: Francielle Santos
(Foto: Reprodução / Blog Gosto Disto)