
O seu abraço me abriga toda vez que o mundo parece grande e devasso demais para existir.
É no seu abraço que me guardo quando tudo parece querer me roubar de mim e também quando tudo parece querer me roubar de Ti. Neles refugio me do que intenta me ferir e é lá que me aquieto, saro e descanso.
Entre os seus braços, que me sinto segura o bastante para transpor as minhas barreiras e confidencialidades e expor quem eu sou de verdade. Muito mais que uma uma boneca de porcelana, desvendo-me como a ser humana que sou, com um monte de defeitos, que cometeu um milhão de erros, se perdeu, se feriu e por vezes, se vê sangrando nas rachaduras que ainda não se fecharam.
Nos seus braços que as lágrimas escorrem sem medida, porque confiam plenamente em Ti e sabem que serão colhidas e compreendidas. Neles que as palavras nem mesmo são necessárias e é no silêncio que tudo se faz dito e respondido, mesmo que nem sempre faça algum sentido imediato.
É entre os seus braços que sou preenchida da paz que outrora eu desconhecia. Neles o meu coração transborda um amor puro, incapaz de julgar por ser o Teu amor misericordioso, onde a culpa se desfaz, a dúvida se esclarece, as vozes estranhas se calam e a escuridão desaparece.
Sempre será os Teus braços o meu porto seguro. O lar que nada e nem ninguém poderá invadir, nenhuma tempestade poderá inundar ou terremoto destruir.
Sempre será em Teus braços o abrigo mais seguro da crueldade, loucura e incertezas do mundo lá fora, assim como ao Teu lado sempre será o seguir em frente, o caminhar inteiro.
Por Francielle Santos
(Foto: Reprodução / Gaby González)