eu não te amei

Eu não te amei, mas gostei de você pra caralho! E não pedirei desculpas pelos termos. Se eu não me dei ao trabalho de procurar uma palavra menos grosseira, para descrever o rebuliço que você causou dentro de mim. Pois saiba que eu até procurei, mas não encontrei uma palavra capaz de descrever esse fervor que eu sinto quando te vejo, essa vontade absurda de esquecer tudo e me entregar. Tão pouco, eu encontrei uma palavra que bastasse para justificar a minha real vontade de ficar mais um pouco. Sempre quero ficar mais um dia, assim mesmo, sem pressa, sem data de validade para isso que nem tem nome.

É canalha, esse sentimento misturado de sensações quando você me toca, mesmo quando é só um beijo no rosto. E é terrível quando você me abraça, pois sinto-me rendida e submersa pelo anseio de não querer nunca mais sair de dentro do teu abraço e como isso me assusta.

Cá entre nós, por vezes você foi calmaria no meio das minhas tempestades inesperadas e da mesma forma, fostes furacão que saiu revirando tudo pela frente. O que me dá, até agora, um trabalho enorme para arrumar. Eu não te entendo. Sei que você também não me entende. E ficamos quites, assim, bem bagunçados.

Dito isso, eu quero que saiba que eu detesto a bagunça que você faz em mim, mas eu sou louca pelo teu jeito de me achar no meio do meu caos. É irritante essa sua vontade de tentar nos prender dentro de uma nomenclatura comum, porque não somos comuns, nos sequer somos algo certo esse universo todo. Apesar disso, confesso que o nosso não ser nada, se tornou um mundo inteiro de possibilidades nos meus dias.

Por: Francielle Santos

(Foto: Reprodução / Pinterest)

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