
Sentada na mesa, frente a frente, encarava-o. Sua voz as vezes brava, grossa, incerta, confusa, inconformada e embargada, reproduzia tudo o que parecia ser uma surra de chibatas.
Cada palavra, por mais doce que tentasse ser, amargava.
Por alguns instantes, não podia ouvi-lo, era como se desabitasse do seu próprio corpo e se fizesse surda, por não suportar mais ouvir.
As lágrimas quentes em resposta, escorriam sobre o seu rosto e dos seus lábios o silêncio mais inquietante se fazia gritar.
Desfaleceu sobre doces e duras verdades.
Sob a compreensão de que fora réu do amor que eles tinham por ela.
Culpada da incompreensão que na humanidade deles, era completamente compreensível e que ainda que fosse sentença de morte, era tão somente o amor no seu ato genuíno, amando-a em sua cabal veemência e verdade.
O amor que lutando por sobrevivência, cobrava-lhe por uma paz que foram incapaz de lhe da.
Por: Francielle Santos
(Foto: Reprodução / Tumblr)