razões cretinas

Levemente embriagada por duas taças de um vinho barato à espera de fazer o improvável. Ainda bem ou que burrice ter deixado o meu ego e orgulho amarrado na beira da minha cama, em casa. Não sei sequer explicar como entrei no teu apartamento, como consegui dizer palavras das quais nem me lembro. No entanto, me lembro bem das tuas ou da intenção delas (medo, confusão, tristeza, impotência) e eu de fato só não queria conversar.

Se o objetivo era cretino, ao menos, era um tanto quanto honesto também.

(pausa dramática)

Na tua cozinha, encostada na pia a tentar tomar um copo d’água, perdida entre o caos dos meus sentimentos, da incerteza se estar ali era um erro ou não, se continuar ali era esperança ou não. Você se aproxima, pergunta o que se passa e eu nada sei mesmo o que dizer, porém encosto a cabeça no teu peito. Você incerto se aproxima um pouco mais, encosta suas mãos sob minha cintura e calmamente a pressiona, a percorre, colocar-me sob a bancada.. nossos rostos se encontram indecisos, a gente só fica ali por instantes, nariz com nariz, entre respirações intensas, até que nossos lábios se acham e se entregam.

Gemidos sussurrados. Orgasmos intensos. Confissões de amor. Você esteve outra vez, totalmente, intensamente e verdadeiramente comigo. Fostes meu e eu fui completamente tua. Sob a única certeza de que viver aquele momento, estar naquela cama e ser de verdade naquele breve presente, tornara todo o resto insignificante.

Por: Francielle Santos

(Foto: Reprodução / thebestnchic)

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