Confesso, que fiquei um tempo que se perdeu no marcador do relógio te procurando ao redor, tentando encontrar uma palavra no meio desse mar de emoções, que pudesse te contar sobre essa saudade que aperta fortemente.
Estou naquela cafeteria que você disse tantas vezes que se parecia comigo. Sentada naquele mezanino, tomando um cappuccino e desejando profundamente a sua companhia. E sem querer parecer clichê, parece que te sinto aqui ao meu lado. Com aquele teu jeito leve de falar, com o calor das suas mãos a passear pela minha pele, o cheiro bom da sua roupa e o sabor dos seus lábios misturados com o gosto do meu café.
Sinto uma nostalgia ao lembrar de nós, na primeira vez que estivemos aqui, sob a desculpa despretensiosa de lhe emprestar o meu carregador de celular e antes disso, as suas palavras na tela, a notificação que me fez levantar da cama que dizia:”Quero lhe confessar que você mexe comigo” …
As estrelas e a lua cheia daquela noite poderia testemunhar o quanto de algum modo consciente resistimos e o quanto pensei mais do que duas vezes não sair de casa aquela noite. Mas quando dei por mim, já estava sentada ao seu lado transbordando de paixão.
Saudade da nossa doce e fervente paixão. Saudade do teu cheiro. Saudade do desejo descrito nos teus olhos castanhos. Saudade da tua voz contando as tuas histórias. Saudade do teu carinho. Saudade da nossa familiaridade. Saudade da sensação de estar escondida dentro de você. Saudade de me reencontrar em ti. Saudade da nossa intimidade. Saudade da tua urgência em me amar. Saudade de você.
Por: Francielle Santos
(Foto: Reprodução / Dirty Boots)
reescrevo 