O Espaço Entre Nós

A coragem é o medo que já se entregou.

Frase do Filme

Dirigido por: Peter Chelsom.

Roteiro: Richard Barton Lewis

Autores: Allan Loeb, Stewart Schill, Richard Barton Lewis

Elenco: Britt Robertson, Carla Gugino, Gary Oldman, Asa Butterfield

Disponível no Netflix

O filme retrata a vida de Gardner Elliot, o primeiro ser humano a nascer em Marte e que sonha e planeja o seu retorno para a Terra para conhecer seu pai biológico e saber a verdade sobre a sua origem.

O nascimento de Gardner decorre ao fato de que sua mãe, uma respeitada astronauta descobre que está grávida já a caminho de Marte e a NASA decidi não cancelar a missão e por consequência manter o menino em segredo em Marte, uma vez que ao nascer em circunstâncias de atmosfera planetária que não a da Terra, ele não resistiria a viagem de retorno ao planeta. A mãe de Gardner, não resisti ao parto e morre.

O menino é então criado por astronautas e cientistas aprendendo de tudo e descobrindo sobre a Terra pelos meios tecnológicos. É assim, que ele consegue criar um acesso virtual com a Terra, onde conhece Tulsa pela internet. Garota com a a qual ele partilha de forma indireta seus conflitos e a insatisfações de estar preso, o que para ela ele diz que está em um apartamento em Nova York (omitindo estar em um campo em Marte) e por questões de saúde não poder sair de casa. Tulsa, também enfrenta seus conflitos de insatisfação com a sua vida, sensação de estranhamento social e de não pertencimento ao mundo.

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Gardner, começa a pensar em uma forma de vir a Terra. Diante disso, todos descobrem o desejo e a necessidade do menino de conhecer o seu planeta de origem. A partir disso eles encontram uma forma de trazê-lo. Finalmente, o grande dia chega e quando ele chega a Terra é submetido a uma série de exames e testes, e ele percebe que eles intentam mandá-lo de volta para Marte, sem que desfrute mais do planeta.

Neste momento, começa o encantamento do garoto nascido em Marte ao andar e sentir a Terra. Ele foge da base da Nasa e vai ao encontro de Tulsa para que ela o ajude a encontrar o pai. Eles sofrem por diferentes perseguições. No meio disso, se conhecem melhor e vivem um romance adolescente, doce, simples e espontâneo. O filme apresente de forma sutil um protesto de como nós seres humanos aqui na Terra “enfeitamos” demais os sentimentos e a forma como os expressamos. Gardner que não sabe como se comportar com outro humano, é sempre muito verdadeiro e direto na forma de falar e de expressar o que está sentindo e pensando, a tal ponto que Tulsa chega a pensar que ele possa estar sendo irônico ou debochando dela.

A uma certa altura dessa jornada na Terra ele passa mal ao ponto de quase morrer, porque seu organismo não se adaptou a atmosfera da Terra. E é assim, a beira da morte que ele finalmente chega na casa da mãe (localização que ele tinha por referência de uma foto que ele encontrou nos arquivos dela). Mas quando chega lá ele descobre que o homem da fotografia que ele encontrou nos arquivos da mãe e que supõe que seja o seu pai, na verdade é o seu tio. Só então que ele descobre que o pai dele é o cientista e organizador da missão que mandou a mãe dele para Marte.

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Gardner, quase morre por querer tanto a terra e tem um trecho do filme que ele diz que “a Terra não me quer tanto quanto eu quero”. O filme revela essa sede humana inata pelo saber de sua origem e de conhecer e compreender o lugar que se pertence. O jovem rapaz tinha verdadeira sede pela Terra e durante a curta experiencia ele se vê entre a dualidade do que imaginava ser a Terra magnificamente perfeita vista de outro planeta x o que de fato a Terra e a humanidade é, cheia de imperfeições e conflitos.

Por: Francielle Santos

(Foto Destaque: Reprodução /Netflix)