
Ao longo dos meus anos de terapia e processos de auto conhecimento, o que mais tem mudado antes de qualquer movimento externo é a tomada de consciência de mim mesma.
Tomar consciência de si é olhar para dentro com respeito, gentileza e amor (muito amor). Há te ter doses de coragem, porquê na maior parte do tempo, não encontramos flores, organização e beleza. Quanto mais fundo vamos dentro de nós mesmos, mas rachaduras, mais pedaços feridos, mais sujeira há de encontrarmos.
Quem é que gosta de ir no sótão de algum lugar? Quanto mais descemos, mais escuro, mais sombrio, mais medo há de sentirmos.
A consciência é como uma lâmpada, quanto mais a buscamos, mais claro nossas profundezas há de ficar com o tempo. Então deixe ela brilhar!
Não há de ser fácil e nem tranquilo. Encontraremos tempestades ao navegar um oceano aparentemente calmo. Temos de estarmos atentos e preparados para enfrentá-las custe o que custar. Não há um jeito de viver de verdade se não atravessando as tempestade, escalando as montanhas, sobrevivendo os dias frios.
Porém tomo a seguinte nota alerta: Ter consciência das coisas que eu posso mudar e não me esforçar para mudar, torna a minha consciência o meu maior carrasco.
Não tem como ser quem eramos antes depois de encontrarmos um novo jeito de ser e que há de ser sempre melhor que a versão anterior. Quanto mais consciência, mais clareza, mais verdade, mais honestidade, mais justiça, mais simplicidade, mais formas de amar, mais autocuidado.
A tomada de consciência inquieta de dentro para fora. Se deres atenção as cutucadas sutis do teu instinto, a voz baixinha no pé do ouvido da tuas próprias intuições. Toda mudança de dentro há de reverbera fora, ao seu redor.
As reformas que queremos no mundo, começam primeiro dentro de nós.
Por: Francielle Santos
(Foto: Reprodução / Pinterest)