
Eu poderia negar que não sinto nada. Eu poderia dizer que não sei do que estão falando por aí sobre como ando vivendo ultimamente.
Eu poderia dizer que está tudo bem, mas é tão inútil tentar dizer algo que não é nem de longe o que de fato estamos sentindo. É tão superficial tentar ser o que de fato não somos, É tão desleal consigo mesmo entulhar um monte de mentiras para não expor as próprias verdades.
Por isso, que se dane se vão me condenar agora, desde que o veredito final venha a declarar que: “Esta foi condenada por amar”.
Por tanto, não vou me desculpar se o meu erro foi me apaixonar justo por você e não vou negar que deitar nessa cama, que um dia foi nossa e sentir o frio do teu canto agora tão vazio, é uma pena cruel de ter que se cumprir.
Acordar de manhã e não te encontrar é o mesmo que acordar e não sentir a menor vontade de sair para ver o dia lindo do outro lado da janela. Eu me sinto surpreendentemente presa dentro desse sentimento que me conduz até você e quão horrível é essa inquietude de sentir como se tudo isso estivesse inacabado.
É impiedoso essa sensação de que me tiraram um livro com uma história incrível, antes que eu pudesse terminar de ler e eu soubesse com todo o meu coração que esse final ainda não é o fim da história. E quer saber, eu realmente não acredito que um sentimento como o nosso, tem a força para se acabar assim só porque tem que ser. E eu te odeio por crer nisso!
Eu te odeio por achar que podia simplesmente sair andando porta a fora da minha vida, com a mesma simplicidade e naturalidade que você se convidou para entrar.
Eu te odeio, porque você me ensinou amar profundamente e eu não sou capaz de me imaginar amar outro alguém assim tão bem como faço com você.
Eu te odeio por ter que reaprender a viver sem a calma da sua companhia e sem a expectativa dos nossos planos.
Eu te odeio por ter escolhido partir, porque era escolha mais fácil para você e ter me condenado a pena mais difícil que é a de ter que viver sem você.
Por: Francielle Santos
(Foto: Reprodução / Pinterest)