nunca deixei de acreditar

Eu nunca deixei de acreditar em nós.

Eu nunca deixei de acreditar que daríamos um jeito (a gente sempre dava um jeito para vivermos o nosso nós).

Eu nunca deixei de acreditar que venceríamos aos nossos não’s, os nossos poréns, os nossos quase’s.

Eu nunca deixei de acreditar que chegaríamos naquele dia, que estaríamos eu e você, os nossos pais, nossos irmãos, nossos amigos mais íntimos, todos em cima de uma montanha, um cerimonialista e o seu filho trazendo as nossas alianças. (Meu Deus, eu já até tinha até escolhido o vestido!).

Eu nunca deixei de acreditar que o nosso amor resistiria as circunstâncias estranhas que aconteciam à nós, a distância geográfica, as nossas individualidades.

Eu nunca deixei de acreditar que subsistiríamos aos desencontros (que foram tantos, não é?)

Eu nunca deixei de acreditar que sobreviveríamos as crises, as incertezas, aos protestos, fosse o que fosse, algo dentro de mim tinha convicção que sobreviveríamos a tudo, se estivéssemos juntos.

Eu nunca deixei de acreditar que você me amava inteirinha e que me esperava com urgência.

Eu nunca deixei de acreditar que você estava do outro lado, remando também esse mar revolto para me encontrar, tanto quanto eu estava.

Eu nunca deixei de acreditar que eu ia te vê de novo, te abraçar de novo, te beijar de novo, te amar de novo.

Eu nunca deixei de acreditar que envelheceria ao teu lado, custasse o tempo de espera que fosse da minha juventude.

Eu nunca deixei de acreditar amor. Nunca!

Por: Francielle Santos

(Foto: Reprodução / Vanessa Toth Photography)

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