
Estão todos ao redor da mesa, minha mãe caprichou na jantar, tem até o seu prato favorito (lasanha) e há uma cadeira vazia não só na mesa, mas no meu coração.
Falta você amor. Falta você em tudo. Falta você pra tudo.
Faz tanto tempo que não sinto tanto a falta de alguém ao lado que até me assusto. Quanto mais te reviro dentro de mim mais sinto que preciso de você, não necessariamente para viver, mas para dividir os meus dias.
Nunca antes eu estive tão certa de que é você, sempre foi você. É tão tarde para tudo, para nós. Isso me maltrata. Odeio essa precisão de tempo. Odeio as circunstâncias que nos obrigam a uma vida em linhas paralelas que possivelmente nunca mais se cruzarão. Odeio esse aperto no meu peito por conhecer os fatos que condena a nossa história.
Penso que vou superar. Vou seguir em frente. Vou dá conta. Eu preciso crer que vou conseguir mesmo que eu não sinta mais forças no meu corpo. Mesmo que eu não possa mais nem imaginar as tuas mãos segurando forte as minhas mãos para não me deixar cair. Preciso confessar que percebo minha fé falhar e tudo o que sou capaz de clamar à Deus é que cuide de você, que esteja sempre ao seu lado, que todos os seus dias sejam felizes.
Tem dias que são mais difíceis de ignorar os meus impulsos de você, de querer te encontrar no meio dessa cidade fantasma. Principalmente os dias que te encontro em sonhos… sonhos que eu gostaria de nunca acordar. Tem dias que tudo o que eu quero é o teu abraço. O teu abraço era a minha certeza.
Estou acabando amor. Isso nunca foi culpa sua. Nessa altura, só posso dizer que te agradeço por trazer cor à minha vida, por me devolver a sensação das batidas fortes do meu coração. Por estar aqui mesmo que não fisicamente. Por ter ficado em mim.
Por: Francielle Santos
(Foto : Reprodução / Janeen G.)