“Leve-me para casa” era o que eu deveria ter dito naquele dia em que claramente, eu estava desistindo de nós com as palavras, mesmo que tudo em mim só quisesse ir para casa, para o nosso lar.
O teu peito, agora eu sei, fora o lar que eu procurei em diversas casas, em diversas cidades, em diversos países e por mais realizada que eu estivesse longe, sempre faltava algo e eu voltava… até que encontrei você aqui, na cidade da qual eu sempre quis partir. Sarcasmo do destino, só podia ser!
Os teus braços eram o meu abrigo, o lugar mais seguro que eu estive. Eu sinto tanta falta de me sentir segura. De confiar de todo o coração, entende?
Depois de você entendi, que estar em casa é estar onde a gente se sente verdadeiramente seguro, confiante, mesmo em dias tempestuosos. Não era o lugar em que estávamos, se na minha casa ou no seu apartamento, se em São Paulo ou em Bertioga, Brasil ou em Portugal… era você, era nós.. você era o meu porto seguro.
Os teus olhos cor de mar eram as janelas pela qual eu podia ver o mundo, sonhar com o mundo. Eu ainda sou apaixonada pelos teus olhos. Eu soube naquela nossa primeira manhã juntos, que eram eles que eu queria me olhando por todos os dias de vida que eu ainda tinha. E por muitas manhãs, encontrá-los ao abrir os meus olhos foi a minha paz.
As tuas mãos me aterrizavam, eram capazes de me trazer para a realidade sem quebrar os meus sonhos nas nuvens. E dentre um tanto de coisas que eu amava em você, essa com certeza estava entre o top 10: a sua capacidade de me manter com os pés firmes no chão, sem precisar cortar as minhas asas. Tu fostes a força mais bonita do outro lado da balança. Te amar, me mantinha em equilíbrio.
Tu fostes o lar que eu tanto quis pra mim desde menina. Eu soube disso de imediato e o tempo que passamos juntos, só provou o quanto eu queria ter raízes, queria uma família, precisava do teu colo quando chegava em casa. Nenhuma outra casa pode ser você. Nenhum outro coração pode ser meu lar, como o teu.
Por: Francielle Santos
(Foto: Reprodução / Dirty Boots)
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