como Alice

Como Alice, acordei e era só um jardim e um livro velho caído do colo.

Vencida dentro da minha própria complexidade. Com todas os cortes abertos a sangrar. Um tipo de remorso, com doses intensas de abstinência de um antigo prazer.

Tantas vezes, em que somos apenas submissos aos nossos desejos. Enganados pela fome da carne. Cegos pela concupiscência dos olhos. Abrasadoras lembranças de paixão, para os poetas.

Sempre fui o que meu corpo quis ser em tuas mãos: seu. Nunca serei o que o meu coração anseia: amor. Ser tua, não me faz merecer teu amor. Eis aqui, a lança transpassada no meu peito.

Entrego-me em corpo. Tu tocas lugares que estão além da pele. Na minha pele tu és o meu início e o meu fim.

Por: Francielle Santos

( Foto: Reprodução / Dirty Boots and Messy Hair)

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