
foi sobre sermos pacientes a cada passo que dávamos ao profundo do oceano de quem eramos. foi sobre nunca nos abandonarmos quando as circunstâncias entre nós berravam que não. foi sobre termos rasgado o peito a tempo.
quiça, o amor é mesmo o que se lê por aí: imparável, indubitável, real.
varo as madrugadas com uma fome insaciável por respostas. observo as nuvens a navegar o céu escuro, as estrelas são como um toque de charme, conto à Lua os meus segredos. entretanto, nada responde tudo o que ainda quero saber sobre o amor, sobre nós, sobre mim.
a madrugada faz poesia enquanto todos dormem e zomba da minha insistente necessidade de saber o que beira à ser incompreensível.
esses dias eu quis voar até o seu quarto. foi outra das minhas necessidades absurdas. senti saudades de te vê dormir. e te vi desenhado nas nuvens iluminadas pela Lua com um vela acesa no escuro.
ainda que tudo, ainda amo. amo o jeito como as coisas foram escritas por nós. amo as lembranças que me encantam. amo a certeza de que foi real dentre tantas coisas ilusórias no mundo. amo saber que amei.
no fim, compreendo, são as sequelas dos acontecimentos em nós que nos tornam mais reais, mais humanos, mais conectados a vida. não importa quão vazia a vida possa estar agora, é a certeza de que somos capazes de transbordar que nos fortalece à seguir em frente.
sigo em frente por sede de amor. quem sabe, devesse ser essa a ambição mais poderosa entre os homens desse mundo: sede de amor, fome de amar.
Por: Francielle Santos
(Foto: Reprodução / Wattpad)