o teu mar

Penso em te escrever quase todos os dias. Penso em dizer as coisas que ficam sempre entaladas de uma forma que me impede de seguir em frente. Há sempre muito para dizer, mas poucas formas de expressar. Sinto que estou perdendo a capacidade de expor os meus pensamentos como antes. Ou eu esteja me tornando alguém que recua mais do que avança.

Penso nas mil e uma maneiras de chegar, entrar e ficar. Compreendo no mais profundo do meu coração que para tal, as possíveis explicações são absurdamente inaproveitáveis – ainda assim, procuro justificativas, respostas… um jeito, ainda que supérfluo de aquietar as minhas duvidas. Meu Deus, como pode caber tantas duvidas dentro de mim assim?

Amar é simples. Então, por que complico tanto?

Confesso, ainda, que penso em escrever-te adeus. Mas a grande verdade é que eu não sei como fazer isso. As fatalidades ou as coincidências de sempre receber as despedidas, nunca prepararam-me para despedir. E, eu ainda sequer tenho certeza se quero despedir-me de ti. Por que me despediria?

Contesto, cada verso que o meu coração compõe na tentativa em vão de sobreviver a você. Não estou sobrevivendo. Nem a sua presença. Nem a sua ausência. O que devo fazer? Ceder? Naufragar no teu mar?

Será que inundada das tuas certezas enfim sobreviverei as minhas incertezas?

Por: Francielle Santos

(Foto: We Heart It)

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