Mãe

Reconheço em ti o ser implacável, apesar do ser falível que és – ser humana feita de carne, ossos, sangue e muito amor!

Reconheço em ti a força imensurável, apesar das lágrimas. E tu choras, quando sou feliz e quando triste estou.

Reconheço as tuas orações, apesar de mim.

Reconheço em ti o cuidado, que está e sempre esteve acima das suas necessidades.

Reconheço em ti o ser desfaçatez diante da vida, apesar de todas as incertezas do futuro.

Reconheço em ti a alegria contagiante, apesar de todas as cicatrizes (ah minha mãe, e a vida, te deu tantas!)

Reconheço em ti a frase na qual descreves a minha avó “mãe era feito galinha garnizé, tinha todos os filhos debaixo das asas” – tudo o que era a minha avó e é, tudo o que a senhora é!

Reconheço em ti o teu afeto, apesar das distâncias em que a vida nos forjou.

Reconheci em ti a espera, em todas as vezes em que eu atravessei o portão e me despedi, sem dizer quando e se um dia voltaria a estar tão perto. (e mesmo assim, sempre esperastes!)

Reconheço em ti todas as escolhas que fez pelo o meu bem!

Reconheço em ti a saudade – aquela saudade dos dias em que éramos tão nossos, tão aqui dentro do ninho.

Reconheço em ti a capacidade inquebrável de não abandonar – tu perdes, se preciso tudo, mas não nos abandona!

Reconheço em ti o amor – que corrige, que repreende, que diz a verdade, que sustenta.

Reconheço em ti, o ser mãe, insubstituível!

Por: Francielle Santos

(Foto: Minha mãe Ivoneide, por Henrique Vieira – Colagens Poéticas)

16 comentários em “Mãe

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