deixo ir
deixo de ser
deixo de sentir
deixo de estar
deixo de ouvir
deixo de falar
deixo de existir
procuro-me
nas vielas das entranhas
nas esquinas das lembranças
nos becos entre os ossos onde me larguei
onde estive?
onde estou?
para onde devo seguir?
onde estão as certezas?
as tive um dia?
sigo
sigo deixando
sigo perdendo
sigo sentindo
tenho impulsividades atrasadas
urgências silenciadas
queimo em febre de 40º
as urgência que tenho de vida
até quando?
até quando sobreviverei
Por: Francielle Santos
(Foto: Reprodução / stick sand stones agency)