Amor, é escolha

Se me contasse eu não acreditaria, mas eu vi.
Eu vi o seu grande dia. E não, não era eu de branco… nunca fui eu o seu caminho. O duro foi encarar os meus olhos acinzentados no espelho do banheiro… do banheiro em que tantas vezes rimos, nos abraçamos, escovei o meu cabelo molhado, só para você embaraçá-lo com toda aquela sede que tinhas de mim.

Se fosse outro tempo, eu teria chorado lagos, rios, oceanos.
Mas eu já não tinha mais nada pra chorar. Demorou. E nossa, como demorou para secar todas as gotas, desejos, sedes, tremores, medos. E houve até um tempo em que eu achei que nunca, nunca mesmo ia me curar de você. Um tempo em que eu tinha pavor, na mesma medida que eu queria e como eu queria, cruzar contigo na rua e ser incapaz de seguir em frente, fosse pra onde fosse que eu estivesse indo.

Se nossos amigos me vissem naquela hora, como eu te vi, finalmente, teriam acreditado.
Eu te amava com sangue. Eu te amava em cada batida do meu coração. Eu te amava apesar de todos os meus pensamentos, os meus nãos. Eu te amava por pura teimosia e por pura esperança. Eu também sempre soube (porque no fundo, bem lá no fundo a gente sempre sabe… )…. mas eu sempre te quis mais. Sempre estive disposta à aceitar você de volta, apesar de tudo, de todos, de mim.

Se me provassem eu não acreditaria, mas eu segui em frente.
É preciso seguir em frente apesar da maior fissura que se abre no mais intimo do nosso ser. Eu tenho que ir adiante sem olhar pra trás. Tenho que deixar todos esses sonhos de
véu
areia
altar
mar
os teus olhos
alianças
nós

Amor é escolha.
E eu nunca fui a sua!

Por: Francielle Santos

(Foto: Galia Lahav)

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