
Busco palavras em você.
Busco verdades por você.
Anseio, como quem precisa de pão para sobreviver, o seu amor para chamar de casa, abrigo, morada.
Onde é que você está que não ouve os meus gritos?
Por onde é que você tem caminhado que não encontra os rastros do que sinto caídos por onde eu tenho andado, por tola e fútil esperança de que você me alcance?
Eu sei, nos perdemos naquele dia cinza, nublado e ridiculamente comum da cidade de São Paulo. Naquele dia, que ameaçava chover e mesmo assim, eu sai de moto só para te amar de novo, feito um irresponsável, louco, obstinado, fadado ao fracasso.
Entretanto, não choveu! Você também não apareceu.
E tudo continuo seco, árido, solitário.
Por: Francielle Santos
(Foto: asphaltangel)