Sabe o que é você sair de uma reunião longa, com uma enxurrada de informações, ideias, coisas a decidir, fechar a sala virtual e silenciar?
Eu vivi isso hoje!
Foi a coisa mais bizarra e prazerosa que eu senti esse ano. Eu, que sou muito ansiosa e tenho uma tendência absurda a agitação, desconhecia essa sensação de silêncio, a qual chamei de: o silêncio da plenitude. (se alguém já falou sobre isso, devolvo os créditos!)
Eu me senti inteira. E isso não quer dizer que eu saí de uma reunião com uma série de propostas, convicta de que vai dar certo, de que eu sei exatamente como vai ser ou o que eu vou fazer. É algo mais profundo do que tarefas e metas. Foi a convicção de que eu estava mais perto do caminho certo pra mim. E essa sensação de proximidade com a uma das faces mais fiéis a quem eu sou e quem eu ainda quero ser, me gerou essa paz.
Ainda está ligeiramente escuro. Ainda tenho mais algumas reuniões para estruturar melhor as demandas, compreendê-las e começar a entrega-las. Ainda tenho que fazer um monte de outras coisas que já estavam aqui na lista do Trello e na minha agenda do Google. Ainda tenho que reorganizar uma parte de mim. Mesmo assim, ter a quase certeza de que eu finalmente estou navegando e tem terra à vista, me aquece o peito.
Eu poderia dizer um milhão de coisas sobre 2021. A decisão de “tomar um fôlego em São Paulo” em 2019 quando voltei do Rio de Janeiro, não poderia ter sido mais frustrante e desastrosa com o caos instaurado no mundo pela pandemia. E a pandemia ainda está aí. E eu ainda estou aqui, apagando os incêndios de quase dois anos na inércia.
Todavia, já são quase três meses que chove por aqui. Chove mesmo. Às vezes, o suficiente para apagar um floresta em chamas a tempos aqui dentro. Por vezes, simplesmente, eu saio dançado na chuva para me sentir mais viva também.
E agora, parece que não demora, o arco-íris há de apontar no horizonte.
Definitivamente é um novo tempo pra mim!
reescrevo 