
As coisas são o que são. E eu preciso aceitar isso. Eu preciso olhar pela janela de madrugada, e ao perder o meu olhar nas luzes acesas das casas que ainda não dormem, encontrar algum tipo de fôlego, de ânimo, de coragem.
Era mais fácil quando eu ainda era menina – destemida, segura, confiante. Era mais fácil quando eu não me preocupava tanto com a minha aparência – eu nunca combinei com a vaidade, e agora, não sei ao certo, mas o pouco que sei me empurra para ajustes – uma lista interminável de promessas e obrigações para fazer, para deixar de ser, para passar a ser.
Será que isso fará sentido a longo prazo? Espero que sim!
Temo perder dias da minha vida em frivolidades. Eu morreria de desgosto se acordasse um dia e me desse conta do ser em vão, do fazer para nada, por nada sólido construir.
Tenho pressa de ficar bem.
E tenho urgências de viver com calma,
aqui, agora.
Contudo, sim, esta é só mais uma de minhas utopias!