Dedilho as tuas nuances
Incontáveis vezes tenho sido prolixa ao dizer
Coisas que são tuas, somente tuas.
Exteriorizo as tuas faces
Desfaço os tecidos que te vestem
Fria, calculista e egoísta
Pois de você eu preciso de tudo
Tudo para viver.
E toco-te
E caminho a passos curtos e convictos
Por tudo o que você é.
Não procuro justificar os meus feitos
Nem as abomináveis intenções que os sustentam
Tudo o que ainda busco em ti.
Ainda espero de ti.
Já não importa quem fomos
Tão pouco quem poderíamos ser.
Te preciso
Para sentir-me um pouco viva
Ao menos um pouco viva.
Não, não é amor.
É dor.
Você é dor aqui.
Por: Francielle Santos